sábado, 19 de julho de 2014

O fim de uma jornada...

Faltando apenas 5 dias pra voltar pro Brasil, só fico pensando em como vou sentir falta deste lugar maravilhoso. Dizem que felicidade e tristeza são paradoxos, então como é possível sentir os dois ao mesmo tempo? Feliz de rever a família e os amigos, triste por deixar um lugar que me acolheu durante o ano e me proporcionou tantos momentos inesquecíveis e me fez crescer como pessoa.
Há um tempo um amigo meu me perguntou o que mais vou sentir falta daqui, então é sobre isso que vou falar hoje.

1) Cidade arborizada e cheia de parques


2) Aves cantando o tempo todo em todo lugar

Árvore forrada de Little Corellas (papagaios brancos de olhinhos azuis)
3) A vista do meu apê (já que em Floripa minha vista é para o muro do prédio do lado)


4) Ver as cacatuas voando enquanto o sol se põe e logo depois as raposas voadoras também.


5) Roupas e livros muito baratos
6) A universidade


7) Os amigos que fiz aqui
8) Ouvir bom dia dos motoristas de ônibus e não ter que passar por catracas
9) A atenção dada ao rugby
Ônibus todo decorado com balões e bandeiras do Maroons (time de rugby league de Queensland)
10) Cangurus e wallabies


Tudo isso e muito mais vai deixar muita saudade...
Então agradeço a todos que me deram apoio pra enfrentar essa linda jornada Na Terra dos Wallabies!
E que venha o Brasil!

domingo, 6 de julho de 2014

Sydney!

Eu sempre falei que não gosto de viajar pra conhecer cidades, acho prédios feios, gosto de viajar pra conhecer ambientes naturais, paisagens não urbanas e pessoas. Mas Sydney me fez mudar de opinião.
Opera House de frente
Não são apenas prédios lindos, são as luzes, o lazer gratuito em todo canto, a arborização, a mistura do antigo e do novo. Transporte público incrivel, os trens tem 3 andares!
Continuo preferindo Brisbane para morar, pois parece uma cidade pequena, mas tem tudo o que você precisa. O trânsito não é caótico e nem tudo é tão longe, o transporte é mais barato e me pareceu ter mais parques. Mas Sydney é uma cidade maravilhosa.

Darling Harbour

O velho e o novo

Ficamos em um hostel excelente, parecia mais um hotel onde vc divide o quarto com várias pessoas. Fica atrás da estação central, que me pareceu bem antiga (gosto de prédios e casas antigas) e perto da chinatown (que não é tão legal quanto a de Brisbane).
Infelizmente chegamos um dia depois do Vivid Sydney, um festival onde a cidade vira uma imensa obra de arte, com luzes e desenhos por todo lado (https://www.facebook.com/vividsydney).


Fomos conhecer também o jardim chinês que tem perto do hostel! Bem lindinho...
O ocidente e o oriente


Assistimos a abertura da copa no Cassino, foi lindo ver tantos brasileiros do outro lado do mundo! Tinha vários croatas, mas a maioria esmagadora era de brasileiros. Na rua de madrugada só brasileiros!
Bondi Beach é a praia mais famosa de Sydney, durante o verão fica lotada que nem copacabana. É lá que todos os anos no Australia Day milhares de pessoas invadem o mar surfando em chinelos havaianas infláveis! Sim, havaianas infláveis! Mas fico feliz por termos ido no inverno, é linda quando está vazia.




No nosso último dia também fomos conhecer a praia de Manly, pegamos um ferry boat e fomos.
Como tínhamos passado o dia inteiro andando por Sydney antes de irmos pra Manly, cheguei lá e fiquei sentada na pracinha em frente a praia enquanto o Eduardo foi até as rochas tirar fotos.
Tiramos um dia para ir pras Blue Mountains de trem, que lugar lindo! Me pareceu Gramado, bastante frio mas com paisagens incríveis, 2 bondinhos e o trem mais íngrime do mundo, que desce a 52º (http://www.scenicworld.com.au/experience/scenic-railway/).
3 sisters


Katoomba Falls

Scenic Railway

Acho que é só, não vou escrever muito dessa vez. Espero que gostem das fotos
Bjs

sábado, 3 de maio de 2014

Saída de campo: Heron Island

Faz tempo que não escrevo aqui né? Vou tentar compensar hoje!
Na UQ existem algumas materias onde vc pode fazer saídas de campo, não importa se você é da Bio ou não.
Uma dessas matérias é a Australia's Marine Environments, com 0 australianos, 70% norte americanos, 15% brasileiros e o resto de todas as partes do mundo (desde Noruega, Suécia até Portugal e Chile), ela tem duas saídas de campo: uma pra Stradbroke Island (que eu não fui pq já fui pra lá varias vezes) e outra pra Heron Island. Não é barato (690 doletas) mas sai mais barato do que ir conhecer a Grande Barreira de Corais por sua conta e risco, já que inclui viagem, alojamento, comida e equipamento.
Bom, como já falei, Heron Island é uma ilha que fica na Grande Barreira de Corais, há 80 km da costa (Gladstone). Lá tem uma estação de pesquisa da universidade e um resort, não existe fonte de água potável, toda água utilizada lá foi dessalinizada e para energia elétrica eles possuem geradores e aquecedores solares, sendo que na estação de pesquisa a água usada pra dar descarga é reciclada. A ilha é bem pequena, nós demos a volta nela em cerca de 30 minutos, parando pra ver as tartaruguinhas indo pro mar (ou pro resort).
É uma viagem longa e cansativa, são cerca de 8 horas de ônibus (sem banheiro ou assentos reclináveis) e mais 2 horas e pouco de barco. Para os que têm estômago fraco como eu, a agência do barco dá comprimidos de gengibre (eu não sabia, mas gengibre previne enjôo).

Heron Island e seu recife em volta
HMAS protector foi um navio utilizado durante as duas guerras mundiais, em 1943 bateu em um rebocador e foi levado até Heron Island onde afundou em 1945. Durante o mergulho noturno encontrei uma tartaruga dentro dele :)

Chegando lá nós almoçamos, guardamos nossas coisas nos alojamentos e já partimos para o primeiro mergulho de snorkel. Logo de cara já vi tubarão (galha preta - Carcharhinus melanopterus) e tartaruga marinha (acredito que seja a verde (Chelonia mydas), além de peixes de infinitas cores.
Choveu um pouco nos dois primeiros dias, mas mesmo assim a água estava com visibilidade ótima, e temperatura agradável (com roupa de neoprene, óbvio).

Carcharhinus melanopterus - Galha preta

Nessa noite demos a volta a ilha, com as lanternas desligadas, pra evitar a interferência da luz na ida das tartaruguinhas para o mar, porém vimos várias indo em direção às luzes do resort, o que é uma pena :( Também encontramos um caranguejo comendo uma tartaruguinha, dá uma peninha...
Ao terminar a caminhada fomos no trapiche (cais) ver se conseguíamos ver algo no mar, e vimos muitos tubarões e sépias que mudavam de cor, mas como estava apenas com o celular, e de noite, impossível tirar foto.
Durante a madrugada acordei pra ir ao banheiro e encontrei uma tartaruguinha indo em direção às luzes do banheiro :s apesar da prof. ter falado pra não botar elas no mar, não resisti e coloquei pelo menos na estradinha de areia que levava ao mar, mas quando acordei de manhã e olhei pro telhado do refeitório, vi uma gaivota com uma no bico :(
No segundo dia teve mergulho de manhã de novo, caminhada no recife (reef walking) durante a maré baixa e o mergulho noturno. Foi cansativo, mas foi muuuito legal! O noturno é legal pra onhecer e ver alguns animais que não aparecem muito durante o dia, mas não tem aquela diversidade de peixes coloridos como tem durante o dia.

Esse pepino é demais! Conhecido pelos aussies como salsicha-queimada (Holothuria edulis)

Moréia lindona (seria Gymnothorax fimbriatus?)

Coral roxo <3
Escondidinha (Chelonia mydas)
Grupo de mergulho noturno

Tartaruga embaixo do navio naufragado

No terceiro dia, tivemos que pegar no batente. Eu estava no projeto com peixes borboleta, então depois de uma reunião bastaaante demorada, fizemos nossa primeira coleta de dados: tínhamos que identificar as espécies que vinham se alimentar em corais (Acropora nobilis) vivos ou mortos, ver as diferenças da comunidade de peixes borboletas entre os corais mortos e vivos, e ver do que estavam se alimentando (pólipos dos corais, algas ou invertebrados). Pra isso tínhamos que ir em duplas e enquanto um filmava o coral, o outro anotava em um papel especial para usar na água as espécies que entravam no nosso quadrante e o que estavam comendo. Isso acabou perto do pôr do sol e pude assistí-lo de dentro da água, foi bem bonito.
Chaetodon rainfordi - uma das centenas de espécies de peixe borboleta

Quarto dia e tive que acordar as 5:30, botar a roupa de mergulho e partir pra água, já que a maré alta era as 6 da matina e tínhamos que aproveitá-la pro último dia de coleta de dados pro nosso projeto. O resto da tarde foi para analisar nossos dados e depois pegamos um barco para ir conhecer o outro recife perto de Heron Island, e ver o quanto ciclones e tempestades destroem os corais. Água quentinha e uma infinidade de peixes lindos, muitos peixes borboletas que não vimos durante nossa coleta de dados.

Corais e peixinhos

Vários peixinhos

Meu preferido - Thalassoma lunare

Essa foi nossa última noite na ilha, então aproveitamos pra assistir o pôr do sol no trapiche e depois ficamos conversando na areia da praia por horas, o céu estava muuuuito estrelado, já que estávamos bem longe da luminosidade das cidades. Podíamos ver a via láctea e consegui contar 7 estrelas cadentes! Deu pra fazer vários pedidos hahaha


Último dia, tivemos que arrumar tudo, limpar nosso quarto, devolver os equipamentos e nos despedirmos da ilha, fomos à praia e descansamos antes de dar a hora pra pegar o barco e partir rumo à Gladstone, pegar o busão de novo e voltar pra Brisbane.

Shark Bay

Concluindo meu texto, quem tiver a oportunidade de vir pra Brisbane e estudar na UQ, não deixe de fazer esta matéria, vale muito a pena e vai ser muito difícil de conseguir ir pra Heron Island se não for pela universidade, já que a diária no resort é no mínimo $318 dólares por quarto.
Até a próxima!


sexta-feira, 7 de março de 2014

Diário de viagem: uma aventura em Whitsundays

No mês passado eu e meu namorado fizemos um passeio para Whitsunday Islands, com direito à mergulhos, cobras, fome e falta de banho! Literalmente, foi uma aventura!
No dia 15 de fevereiro acordamos atrasados pois meu celular resolveu não despertar (tudo bem que a culpa foi minha pq era sábado e ele só desperta de segunda a sexta e esqueci de mudar essa configuração) e a coitada da nossa "taxista" (brasileira que faz transfers da casa da pessoa para o aeroporto e vice-versa por um preço fixo, para complementar a renda) teve que esperar a gente por algum tempo na frente do prédio enquanto nos arrumávamos correndo. A sorte é que eu acordei 3 minutos depois que ela mandou msg no meu celular! Se eu não tivesse acordado, teríamos perdido o vôo!
Bom, depois dessa emoção logo no começo, pegamos o vôo até Hamilton Island, uma das ilhas do arquipélago de Whitsundays, que fica na entrada da Grande Barreira de Corais.
Hamilton Island é uma ilha forrada de resorts, um dos lugares mais caros da Austrália, e por isso ficamos apenas o tempo de pegar um barco para Airlie Beach. 
Aeroporto de Hamilton Island
Pousadas/Resorts em Hamilton Island
Dormimos a primeira noite lá no Beaches Hostel, custa $18 dólares por noite por pessoa, em um quarto misto com 10 pessoas e um banheiro. Era bem sujinho e barulhento, mas só precisávamos para passar a noite, pois no dia seguinte já iríamos acampar em Whitsunday Island.
Logo depois do almoço partimos pra Whitehaven Beach, uma das praias dessa ilha paradisíaca, e a mais movimentada durante o dia. 
Montamos nosso acampamento mais para dentro da matinha frontal, parece uma restinga. Neste dia tínha mais 3 outros grupos de pessoas acampando. Nossos primeiros vizinhos.
Chegando lá descobrimos que o banheiro era apenas um vaso ecológico, desses que é uma privada com um buraco no fundo. Ou seja: sem chuveiro! Teríamos que usar as garrafinhas de gatorade que levamos para tomar banho, racionando os 40 litros de água que tínhamos disponível em dois galões!
Nosso acampamento
Nossa janta foi uma lata de carne com cogumelos pra mim e uma de carne com bacon pro Longo. Tivemos que colocar a lata direto no nosso fogãozinho portátil, já que eu tinha esquecido de comprar uma panela funda pra esquentar a comida enlatada, que parecia uma sopa hehehe.
Inventamos um banheiro mais privativo pendurando as toalhas numa corda pros nossos vizinhos não verem a gente. Pra não gastar água, não lavei meu cabelo (mulheres sabem o que é não lavar o cabelo depois de um dia de mar e sol). Fomos pra dentro da barraca assim que o sol se pôs, ou seríamos devorados pelos mosquitos australianos, e logo começou a chover. Quando senti que precisava ir ao banheiro, ouço as nossas vizinhas gritando: não vão pro banheiro, tem uma cobra lá! Cuidado com a cobra.... elas gritavam. Os meus olhinhos brilhavam, levantei no mesmo segundo e corremos para o banheiro ver a cobra! Lindíssima, grandinha, uma Python! 
Depois de tirar fotos e ir realmente ao banheiro, começou uma chuva muito forte e voltamos correndo molhados para a barraca. Ou seja: logo na primeira noite já sujamos o colchão com terra. 
Python lindona
Nessa noite choveu muito, de dar medo. Será que a barraca ía aguentar? Água entrava pelo zíper e quando o vento erguia um pouco da capa impermeavel da barraca. Muitos raivos e tudo o que eu conseguia pensar era no ciclone que havia passado por ali cerca de 10 dias antes! Mas sobrevivemos, a barraca não inundou, e no dia seguinte tinha um sol forte. Nossos vizinhos foram embora e um grupo de asiáticos havia chegado. 
Mais um dia de praia e mergulho com snorkel. Apesar de ali não ter corais, tem muitos peixes.
Enquanto eu estava sozinha na água, descansando um pouco, vi uns peixes pularem há uns 10 metros de mim. Pensei: opa, deve ser um cardume... resolvi nadar até ali para ver, mas na metade do caminho parei: e se estiverem pulando por causa de um tubarão? Alguns segundos depois passa na minha frente um tubarãozinho, de mais ou menos uns 90cm. Passou e foi embora, e eu idiota congelei, não quis enfiar minha cara na água pra ver ele embaixo da água :( E logo nesse dia que eu não tinha levado a câmera pra não gastar toda a bateria!
Almoço do dia: miojo nas latas usadas no dia anterior e champignon.
Janta: Pão de forma com atum e de sobremesa, pão com nutella :D
Vai um miojinho aí? =D
Dessa vez lavei meu cabelo, já estavam formando uns dreads hehehe
Na segunda noite não choveu, então fui na praia e olhei as estrelas por um tempo, sem luz artificial nenhuma na ilha, o céu estava de tirar o fôlego, e a lua iluminava a praia. Lindíssimo.
Neste dia conhecemos alguns de nossos vizinhos, como a Dona Clotilde, o Charlie, Bill e Jorge (pronuncia-se Rôr-re). Eles estavam sempre por perto :)
Como íamos pra barraca cedo, aproveitávamos pra ficar lendo enquanto ouvíamos o barulho dos animais e das árvores com o vento.
Dona Clotilde
Bill
Charlie - Blue tongue skink (Tiliqua sp.)
Visita - Lace monitor (Varanus varius)

No dia seguinte os vizinhos asiáticos foram embora e ficavamos sozinhos na ilha durante o resto da semana.
Almoço: mais comida enlatada: carne com cogumelo e macarrão a bolonhesa.
Janta: pão com atum e pão com nutella.
Durante a tarde choveu bastante e eu resolvi tomar um banho de chuva, enquanto o Longo ficava lendo dentro da barraca. Fiquei ali na praia sozinha, olhando o mar enquanto a chuva caía e lavava minha alma. Não conseguia esconder o sorriso enorme de felicidade que eu sentia naquele momento. 
No quarto dia fomos fazer a trilha até uma outra praia, chamada Chance Bay, infinitos lagartos no meio do caminho, aranhas enormes, inúmeros cantos das aves, e chegando lá, uma praia linda e deserta! 
Fizemos snorkel lá, vários peixes também!

Arraia - Whitehaven beach



Chance Bay
Voltando ao acampamento percebemos que tínhamos trazido comida de menos. 
Almoço: miojo
Janta: era pra ser o ultimo pacote de miojo e uma lata de feijão. Mas a desastrada derrubou a lata do miojo e eu e o Longo, dois gordinhos, tivemos que dividir uma lata de feijão de janta. Fomos dormir de barriga roncando.
Nessa noite vagalumes visitaram nossa barraca, ficamos vendo eles por horas até adormecer.
Nosso último dia na ilha, sem nada pra comer. Ficamos um pouco na praia e começamos a desmontar o acampamento. Era quase uma hora da tarde quando nosso barqueiro veio buscar a gente.
E assim deixamos a ilha paradisíaca. Mas voltamos pra lá no dia seguinte =D
Quando chegamos no hostel deixamos as mochilas e nem queríamos tomar banho (apesar de parecermos mendigos e cheirando como alguns australianos) fomos correndo comer. Já era mais de 3 horas da tarde.
No dia seguinte, fizemos um passeio de barco, voltamos à Whitehaven beach, mas na outra ponta, onde tem as areias mais puras do mundo, com 98% de sílica, onde é proibido acampar (e por isso não ficamos lá). Pegamos uma trilha que leva até o mirante, e sem sombra de dúvidas, foi a paisagem mais linda que já vi na minha vida. Depois descemos até a praia, com as águas transparentes víamos as arraias passando e vários peixinhos. A areia é tão branca que reflete o sol e queima a pele muito mais do que numa praia normal.



Depois voltamos pro barco e fomos rumo à Hook Island, fazer snorkel no recife de corais que tem ali.
Fascinante! Perdi as contas de quantos peixes diferentes tinham ali, quantas cores eu vi!
Ficamos quase duas horas mergulhando ali e depois voltamos pro hostel.







No dia seguinte pegamos o barco de volta pra Hamilton Island e de lá voltamos pra casa.

Ufa! Acho que isso é tudo, beijos pra quem leu até aqui 
=D

PS: se vcs estão se perguntando pq nadávamos usando roupas de lycra, é pq agora é época de águas-vivas e se fôssemos pegos por uma irukandji ou box jellyfish, esta que vos fala já teria passado pra outra dimensão :)